30/08/2011

PUBLICADO NO DIÁRIO DE FRAIBURGO NA EDª 88

Completando trinta dias
No dia primeiro de setembro completo trinta dias de retorno a Fraiburgo, período no qual estou escrevendo no Jornal Diário de Fraiburgo e a frente da minha coluna de opinião. Quero registrar a minha intensa satisfação e dizer que a repercussão desta coluna superou a minha expectativa, agradeço a todos que colaboram lendo, comentando, discordando e sendo fonte de inspiração. Pretendo continuar escrevendo esta coluna e ampliando a minha participação neste importante veículo de comunicação, e espero poder contar com a sua colaboração, caro leitor.

Voto em lista
O primeiro assunto mais comentado entre os amantes da política é o numero de vereadores na câmara, o segundo, apesar de políticos profissionais afirmarem que já “esta sacramentado” e que não teremos nesta eleição voto em lista é o “voto em lista”.  Para relembrar você vota sem saber em quem, apenas que votou em um partido, e os “caciques” do partido decidem quem serão eleitos, partindo de uma lista elaborada em ordem decrescente. E o candidato não precisa fazer nada, sem esforço será declarado eleito se fizer parte dos primeiros da lista.  Mesmo sabendo que é improvável, sou contra voto em lista, pois, é o partido que escolhe quem vence não o eleitor.  Ainda prefiro a forma tradicional.

Foi nas ondas do rádio
Populares comentavam hoje que a Radio Fraiburgo elaborou uma enquete popular para saber se a população é contra ou a favor do aumento de vagas na Câmara de Vereadores.  Segundo os populares o resultado foi de apenas 5% a favor e 95% contra o aumento.  Apesar de já aprovada pelos legisladores, parece haver um sentimento de “medo” com relação à reprovação do povo. Então resolvi dar minha opinião outra vez: “sou favorável ao aumento do número de vereadores na câmara, por aumentar a representatividade do povo na casa de leis e diminuir o poder de barganha, de dar mais oportunidades para outras ideologias de fazerem parte de mundo, de evitar que fiquem na mão de “meia dúzia” o destino e o futuro da nação. Solicito que o Presidente da Câmara e também Radialista (desta mesma emissora) que esclareça sua posição, com relação ao aumento, que deixe claro, sem dúvidas. Em minha opinião o problema é de produtividade e não de quantidade, que aumente o número de eleitos, mas não das contas públicas.  

Minha vizinha e o gato
Trouxe minha mudança, como toda mudança de pobre, não podia faltar um cachorro vira latas e um gato sem pedigree.  Amarrei bem o cão, pois é bagunceiro como todo cão sadio. E fechei o gato em casa para acostumar com a nova moradia.  Ao Lado da minha casa mora uma senhora viúva e sua neta, deve ter mais de 60 anos.  Uma semana depois alimentei bem e liberei o gato para andar fora de casa, ele subiu no muro, subiu no telhado, caminhou pela região e a noite estava em casa.  No dia seguinte ouvi os comentários em voz alta e em tom ameaçador “se querem ter gato, que tenham fechado ou amarrado em corrente” criam esses bichos que só incomodam, pela primeira vez fiquei sem voz. Não soube o que dizer, eu nunca tomei conhecimento de alguém que faça um viveiro para criar gatos, ou mesmo tenha um gato na coleira. Vivendo e aprendendo, mas assim a vovó força a amizade. Meu gato é teimoso e continua solto.

Iluminação na Rua Arnoldo Frai
Passeando pela obra, que está em fase de acabamento, não pude deixar de notar que houve uma preocupação com os portadores de necessidades especiais.  Fato que seria louvável se não fosse por um detalhe. O trilho de saliência no chão que deveria servir de guia para as bengalas de cegos estão interrompidos por objetos ou estão tão próximos dos postes que os cegos vão bater contra eles a todo instante, principalmente se forem canhotos.  Já no lado direito de quem segue no sentido centro ao lago, o cego vai bater inclusive em um orelhão.  Peço aos senhores administradores que observem este detalhe e façam a correção.  Lembrando que o pior cego é aquele que não quer ver.   

Na mesma avenida
Perdoe-me o Prefeito que é meu amigo, mas eu perco o amigo e não perco a piada, estava um grupo de eleitores, falando que com tanto poste, o Prefeito vai ter que abrir um edital para contratar cachorro, por esses que estão soltos não darão conta de “urinar nos postes” (costume antigo dos cães de rua), alem disso, essa medida resolve a falta de canil, pois os cães ficarão tão ocupados que não terão mais tempo de virar as latas de lixo por ai. 















29/08/2011

PUBLICADO NO DIÁRIO DE FRAIBURGO NA EDª 87

Rasgando o verbo
Os que não gostam de política, costumam ser mandados pelos que gostam. A legislação não me permite rasgar a bandeira, rasgar a constituição, rasgar o título eleitoral, a única coisa que posso rasgar é o verbo. E assim mesmo há os que pretendem me calar. A idéia que faço dessa gente, que acham ter resposta para tudo é idêntico a um filho que quando perguntado se fala mal do pai, ele nega, mas confirma que fala mal da mãe, perguntado o que ele fala da mãe, ele diz “minha mãe não soube escolher marido”.   Diz-me que vantagem você perde, que eu te digo quem você defende. 

A visita do vereador
Na última terça feira, um vereador, visitou o novo Dojo (local de treinamento) da Associação Vital Fraiburgo de Karatê-dô, construído no bairro São Miguel, e ficou bastante surpreso com o tamanho da obra e do investimento. Demonstrou ter pouco conhecimento da realidade e do ambiente, fator que alguns populares também atribuem a outros componentes do legislativo municipal. Este vereador é da base de sustentação da atual administração, inclusive é do mesmo partido do prefeito.  A Surpresa foi visível, ao saber que foram aplicados na obra, R$ 103.000,00, sendo R$ 40.000,00 da Trombini, R$ 47.000,00 da Fundação Itaú Social e outros R$ 16.000,00 da Fischer, dos pais e da comunidade. Vale registrar que a Prefeitura Municipala penas cedeu o local para ser reformado.

O que será que houve?
Creio que alguns vereadores devem explicações a comunidade fraiburguense, saíram em viagem, há uns 90 dias, em direção a capital do estado. Voltaram dois ou três dias depois, foram para jornais, rádios e disseram que criariam a comissão provisória do PSD. Nessa semana o produtor rural Ivo Biazzollo, anunciou os nomes dos integrantes da comissão provisória do PSD, e não constam os nomes desses vereadores! O que será que houve? O eleitor merece explicações, há sempre uma boa explicação para tudo e ainda não inventaram uma “taxa” para dar explicação.

Boatos empossam Osenir
Nesta semana, nas rodas de cafezinhos um comentário, que atribuímos ser boato, veio à tona, diziam que o segundo suplente Osenir Ribeiro (PP) teria uma chance de assumir por alguns meses na vaga do Vereador Paulos Santos (PSB) que se afastaria em férias.  Em conversa com outros amigos preocupados, lembramos do Saudoso Ivo Compagnaro (PMDB) que gostava de apostar em tudo, e acabou apostando vários almoços, no começo desta gestão, de que Ozenir seu amigo assumiria algum cargo até o final do mandato.  Se não fosse boatos o outro apostador ainda vivo, teria que providenciar uma verba extra para pagar a aposta, e em contrapartida se continuar assim como está, sem cargo, vai ter que consultar os herdeiros e ver se ele deixou algum testamento falando da aposta.

O Homem cheio de opiniões
Toda cidade tem aqueles "personagens" que vivem o dia a dia e, sem perceber, pelo fato de viverem na cidade e se identificarem com a cidade, com sua arte, com suas conversas, com seus comentários ajudam a escrever a história de seus habitantes, com suas excentricidades e frases de efeito.  Sempre que posso passo na Loja de presentes do Dalcir Balestrin, lá fazemos comentário sobre tudo, opinamos sobre tudo.  Teve um dia em que reuniu uns três ou quatro formadores de opinião, e o único que conseguiu dar opiniões fortes sobre todos os temas abordados foi ele.  Quando perguntei pra sua esposa se ele é sempre assim, me referindo em casa, ela balançou a cabeça e continuou calada.   

26/08/2011

PUBLICADO NO DIÁRIO DE FRAIBURGO NA EDª 86

Porque é importante manter o PP
A base do governo local é amparada em um tripé, PMDB, PP e PSB.  No âmbito federal o PSB (Que tem aqui dois vereadores) vai deixar de existir e vai fundir com outro partido mudando sua ideologia, provavelmente sendo incorporado ao PSD (que em Fraiburgo é oposição ao PMDB), portanto no momento inviável. Em tese se migrar para o PSD será oposição a si mesmo, se ficar com o PMDB é mais interessante como partido aliado e não como filiado, pois na primeira opção perderiam poder institucional.  Deste tripé só existe como opção o PP que tem ameaçado fazer candidatura independente. O grande dilema é: se tornar um filiado do PMDB e arriscar numa campanha com chapa pura ou manter o PP como aliado, para hospedar os nomes fortes do PSB sem a sigla? Por isso se torna importante manter o PP na base governista.

Mudança no mapa da fé no Brasil
Um dado que já é visível em Fraiburgo foi confirmado por recente pesquisa e anunciado ontem pela mídia televisiva, o número de católicos diminuiu e o de evangélicos aumentou. Essa mudança é motivada pela “democratização da fé” que propiciou uma maior liberdade de pensamento e de pratica religiosa com fortes parcerias das mídias de comunicação.  Em passado recente a imposição religiosa e a adoção de políticas públicas que reproduziam uma sociedade atrelada a determinados padrões religiosos impediam este pluralismo de idéias.  O importante que pensar diferente é um direito e deve ser assegurado em todas as instancias.

Invista mais em nossa cidade
A Universidade do Alto Vale do Rio do Peixe, com unidades em Caçador e Fraiburgo, é referência em educação superior e completou 40 anos de atividades.  Cerca de três mil alunos estão matriculados em 23 cursos além dos cursos de aperfeiçoamento de Pós – graduações em diversas áreas. Tem mais de mil bolsas de estudos o que garante um bom trabalho social. A imagem conquistada na região é positiva, pois faz educação superior com qualidade e seriedade, esperamos que com todo esse sucesso, invista mais em nossa cidade, aumentando a oferta de cursos e aprimorando a estrutura física existente.

O Povo continua discutindo
A população continuando discutindo muito sobre o aumento das vagas para vereadores.  Apesar de faltar muitos meses, esse é um assunto que o povo raciocina em longo prazo.   Continua nas cidades vizinhas a manutenção daqueles outdoors com campanhas contra o aumento das vagas nas câmaras de vereadores, algumas com frases bem sugestivas: “Queremos mais educação, mais saúde, não precisamos de mais vereadores”.  Não há que eu saiba em Fraiburgo nenhuma oposição e parece ser consenso de que mais vagas farão bem para a saúde política da cidade.   Sou favorável ao aumento, pois entendo que mais vereadores na câmara (de nove para treze) darão  uma sensação de mais representatividade e deve descentralizar mais o poder.  O que o povo não quer é que a conta do aumento venha para o bolso do contribuinte embora defensores do aumento preguem que a lei não permite aumentar as despesas.

Personagens pitorescos 
Toda cidade tem aqueles "personagens" que vivem o dia a dia e, sem perceber, pelo fato de viverem na cidade e se identificarem com a cidade, com sua arte, com suas conversas, com seus comentários ajudam a escrever a história de seus habitantes, com suas excentricidades e frases de efeito.  Quando posso, tomo um café na cozinha do “Mema” local de encontro de pensadores, políticos, formadores de opinião e de outros cidadãos preocupados com o futuro dessa nação.  Ali se comenta de tudo, se opina sobre tudo, além de saborear um delicioso café feito naquele fogão de “pedra”.  Por isso o “Mema” (Novick) é o nosso personagem pitoresco de hoje sem contar que é um homem preocupado com a leitura.

Projeto que morreu antes de nascer
Tomei conhecimento pela população, que um ex-vereador quando se candidatou para um segundo mandato, interessado em transporte, prometeu que se fosse eleito, elaboraria um projeto de “integração de ônibus em todos os bairros com uma única passagem”, ou seja, construir um terminal fechado, e com logística de uma única passagem, assim um trabalhador poderia locomover-se de bairros como São Miguel e Chegar ao São Sebastião pagando uma Tarifa única.  Resumo da conversa, o candidato não se elegeu para o outro mandato e pelo jeito nenhum dos outros iluminados teve o mesmo interesse, o de facilitar a vida de quem usa ônibus para se deslocar.  Sugerimos esse exercício de cidadania, saia cedo pegue um ônibus do bairro mais afastado, e tente chegar ao outro mais distante, (durante o dia multiplique por quatro usos) no final do mês tenho certeza que você vai pensar diferente.  Quem sabe assim o povo te veja com outros olhos também. Esse é um projeto que morre sempre antes de nascer.

24/08/2011

PUBLICADO NO DIÁRIO DE FRAIBURGO NA EDª 84

A Lei Maria da Penha
A famosa lei Maria da Penha, lei que veio para proteger os agredidos de relações conjugais, completou cinco anos neste mês.   Muitas mulheres e muitos homens foram salvos e devem a conservação da sua vida ao sucesso dessa lei, que nasceu tímida e foi se tornando uma das ferramentas mais importantes de combate ao crime doméstico de agressão.  Um fato pitoresco sobre a lei, e que deu origem a interpretações distorcidas, é o fato de mulheres pensavam, no Início, que se tratava de uma lei que protegia apenas agressões contra mulheres, mas recentemente a exemplo disso na cidade de Lebon Régis uma mulher foi presa com base em um artigo previsto na Lei Maria da Penha por agredir o marido.   Sem entrar no mérito, apenas olhando o lado mais humano, foi, é, e será importante para consolidar as relações familiares e acabar com “essa prática que agride com o bom senso e destrói lares indefesos”.
Nosso sistema de saúde está na UTI
No Brasil quando se pergunta sobre saúde, tem-se a impressão de que a mesma está na UTI.  Quando se pensa em unidade de terapia intensiva – UTI vem em nossa mente à figura de alguém a beira da morte, embora os pessimistas falem que na UTI ainda temos chance de reverter o quadro e voltar para uma vida saudável; na questão saúde no Brasil os especialistas não são tão assim tão otimistas.  De uma maneira geral, concordam que faltam políticas públicas que atendam a prevenção, e na pratica da cura as técnicas não são de acesso popular.  Nos noticiários, as clínicas ao invés de tratamento, seus profissionais dão explicações.  A energia que se perde dando explicação e duas vezes maior daquele perdido no exercício da cura.  Estamos tratando com homeopatia quem deveria receber tratamento alopático emergencial.
Fraiburgo oferece algum risco?
Uma agência mundial que classifica os títulos públicos de vários países e analisa os riscos de calote, recentemente e a custo de corte de cabeças, classificaram em um nível mais baixo os títulos americanos que antes eram zero (risco zero), mas que agora oferecem perigo de calote está vendo com olhos mais aberto o sucesso de nossa economia. Se esse modelo fosse aplicado em governos municipais, quais seriam nossos riscos?  Segundos alguns analistas de plantão afirmam que a economia local está muito bem alicerçada e que não corremos riscos, contas públicas em dia, arrecadação em nível crescente.  Apenas que não temos essa agência reguladora, que o único sistema de aprovação será através do voto, qual vai ser a nota que daremos para fraiburgo?
O Pecado está no excesso
Sempre que penso em nosso modelo de sociedade, observo os mais variados mecanismos de controle social.  Escolas, Igrejas, Clubes Sociais, filosofia, ideologia, Estado e até o trabalho.   Quando escuto a palavra pecado, tenho muita dificuldade de entender a sua extensão, pois e sei que todas as coisas são naturais e que o pecado está no excesso.  Até água que é tão boa para vida, ao ser ingerido em excesso pode nos levar a morte.  Todo exagero deve ser evitado, o equilíbrio é o que nos mantém no caminho da vida longa e saudável. Neste inverno, aquela que propicia a vida, a água, em forma de chuva, está em desordem com a nossa vontade, e se manifesta no pecado do excesso, afogando os desavisados e matando de sede por onde não passa.

A nossa rotina muda com a chuva
Basta amanhecer chovendo, para que a rotina mude e com ela nossa vontade.  É tão clara a mudança que sentimos isso no comércio com a diminuição dos clientes, no trabalho pelo aumento das faltas do assalariado, na escola e na universidade com a sobra de carteiras vazias. No atraso da entrega dos jornais. Na fazenda com a roda de chimarrão e com o aumento de legumes na lavoura.  Hábitos que mudam, mas ajudam a manter sem mudança uma tradição que durante muito tempo insiste em existir, de se manter seco por que quem sai na chuva tem que se molhar.