18/04/2014

Titon e a ressurreição


A situação do parlamentar Romildo Titon (PMDB), agravou-se de forma drástica na última semana. Primeiro pela decisão de um juiz da Capital, que bloqueou R$ 2,7 milhões em bens do deputado, ainda no dia 15. A segunda, pela decisão do órgão especial do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, que no último dia 16, por diferença de um voto (11x10), manteve a decisão liminar que afastou o deputado camponovense do comando da Assembleia há exatos 50 dias. Como estamos ingressando na Páscoa, e tudo é possível, restam ainda ao Deputado duas alternativas: renuncia à Presidência da ALESC, e se livra da flagelação pública (que já lhe compromete a reeleição); ou espera a interposição de recurso no STJ, para tentar reverter à decisão. Nesse caso, teríamos a possibilidade de um ressurreição política. Sua recondução à Presidência da Assembleia lhe daria novamente crédito perante a sociedade, e possibilitaria novo fôlego para a defesa processual e para a disputa desse ano. É esperar para ver.

RENUNCIA? 

A pressão para que Titon renuncie e ceda espaço a outros parlamentares do PMDB, para assumir o comando da Assembleia, aumentou depois dos dois episódios. Segundo fontes, Titon pode tomar a decisão que definirá sua vida política no feriado prolongado. Já em Campos Novos, deve passar a Páscoa com a família e amigos, ouvindo e debatendo a hipótese. As Igrejas Cristãs nos lembram que o término da Quaresma é momento de reflexão e introspecção. Para Titon, a reflexão servirá para um desígnio político, que afetará o quadro da política catarinense.