30/06/2014

Alianças no estado podem sofrer alterações

PP acena com saída da coligação de

 Raimundo Colombo


A decisão do PMDB de lançar o ex-prefeito de Florianópolis Dário Berger como candidato a senador alterou o desenho da aliança em torno do governador Raimundo Colombo (PSD).
 Uma semana após receber o convite dos pessedistas para compor a chapa, o presidente do PP no Estado, deputado federal João Pizzolatti, acenou pelo desembarque da coligação por causa da novidade do final de semana.

– Não há como a gente participar de uma coligação com duas candidaturas de senador, sendo que o espaço do PP seria o Senado. Por uma questão de correção, antes de decidir qualquer coisa, o PP vai conversar com o governador para darmos os encaminhamentos necessários – disse Pizzolatti na noite de ontem.

A candidatura de Dário contrariou a condição colocada pelo PP para compor a chapa de reeleição do governador, uma vez que o partido pretendia ser o único dentro da coligação a indicar nome ao Senado sob o nome do deputado estadual Joares Ponticelli. Contatado pela reportagem, o parlamentar pepista preferiu não comentar o caso, dizendo apenas que sua candidatura agora "pertence ao partido".

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Ainda durante a convenção do PMDB, os pepistas iniciaram uma rodada de reuniões para discutir os possíveis caminhos a serem tomados a partir de agora. Nos bastidores já crescem as conversas com outros partidos. O PSDB de Paulo Bauer ofereceu o cargo de vice aos pepistas. O PT de Claudio Vignatti propõe o mesmo que os tucanos e também a candidatura ao Senado. O PP decide seu destino hoje, quando se encerra o prazo para as convenções.

– A política é a arte da conversa. É claro que  estamos conversando com o PSDB e o PT – disse Pizzolatti, que ainda ontem tinha reuniões marcadas com Bauer e Vignatti.


Não foi surpresa

A candidatura de Dário não pegou de surpresa as cúpulas dos partidos. Durante o final de semana, lideranças do PMDB e do PSD estiveram em contato com as do PP para apresentar a seguinte proposta: se os pepistas insistissem em manter Ponticelli como candidato ao Senado, os peemdebistas também colocariam Dário no páreo. Se o parlamentar resolvesse abrir mão da disputa e permitisse que outro nome o substituísse, o PMDB também desistiria da ideia de lançar candidato a senador. O PP escolheu a primeira alternativa. 

As conversas envolveram também o presidente do PMDB no Estado, vice-governador Eduardo pinho Moreira. Mas teria sido o próprio Colombo que apresentou a Ponticelli a condição peemedebista.

Cúpula do PMDB mantém discurso contra PP

O presidente em exercício do PSD, Antonio Ceron, afirmou que os partidos têm autonomia para escolher seus candidatos. O pessedista diz acreditar que a aliança com o PP e PMDB ainda pode ser mantida e que haverá articulações nesse sentido. Colombo, que estava em Rio do Sul, disse por meio de sua assessoria que só irá se manifestar após o final das convenções partidárias.

– Cada partido tem as circunstâncias de suas lideranças e o seu tempo para tomar qualquer decisão – disse em nota o governador.