08/01/2015

A causa maior de todos os males segundo Osmar Ransolin

"A ignorância talvez seja, a causa maior de todos os males da Humanidade. Mas o fanatismo é, de longe, o comportamento mais agressivo e inquietante da sociedade moderna. O assassinato dos cartunistas franceses demonstra que a religião islâmica, longe está de professar uma crença pacifista. Tem servido como instrumento de propagação do ódio e da violência, e de certo modo, se afasta diametralmente do elemento maior das religiões, que se funda sobre o amor ao próximo e a devoção a um Princípio Criador. Lamentável e alarmante que convivamos com esse credo, que se alastra rapidamente e ganha novos adeptos a cada dia".

As religiões (todas, na minha singela concepção) são uma tentativa frustrada do Homem, de tentar compreender e explicar Deus. E como qualquer área de atividade humana, as religiões estão sujeitas às idiossincrasias próprias do conflito de ideias e ideais. Os maus líderes religiosos servem-se muitas vezes do fanatismo (gerado pela crença desmedida) e se aproveitam dos adeptos mais exaltados para pôr em prática, seus projetos de poder (aqui está o fator político). Na Idade Média, de fato a religião cristã assassinou milhares de pessoas, por divergência ideológico-religiosa, ou ainda, sob a pexa de inimigos de Cristo, por acusações de heresia e bruxaria. Antes disso ainda, deflagrou as cruzadas para retomar a Terra Santa. Observando os evangelhos canônicos, e a mensagem que Jesus nos deixou, não se percebe o ensinamento de que os cristãos deveriam entrar em conflito com os muçulmanos. A primeira cruzada, foi convocada por um "sonho" e uma "visão" do Papa, e à época, não existia Gardenal, o que nos deixa sérias dúvidas acerca dos interesses do papado e dos reis cristãos. Então, neste caso, podemos afirmar que a religião cristã foi, de fato, usada como instrumento para o ódio ou o interesse comercial. Contudo, no quesito Islã, o paradoxo é diverso: o Alcorão, constituído como a revelação da palavra de Alá a Maomé, de fato não estimula o conflito. A "jihad" relatada no Alcorão, se refere à luta interior que o homem deve ter consigo mesmo, para alcançar a fé perfeita. Mas essa versão sucumbiu há mais de 500 anos. As interpretações dos cinco principais doutrinadores islâmicos que se seguem à Maomé, é que construíram o conceito da jihad como o sacrifício pessoal em favor da fé muçulmana. De lá para cá, o fundamentalismo cresceu, e atualmente, o movimento extremista e radical dominou o Islã. Recomendo a leitura deste livro (cuja a imagem anexo), que traduz em sua parte inicial, de forma detalhada e historicamente bem construída, essa concepção. Não me entenda como intolerante, muito pelo contrário; creio que cada um tem o direito fundamental de professar sua fé, ou a ausência dela. Quando tentamos impor aos outros a nossa crença, é que estamos sendo intolerantes. Mas vou devolver-lhe o argumento em outro campo, mas simétrico no aspecto das discussões acaloradas (porque gosto de debater com você meu amigo): o PT não é ruim João; o problema são as lideranças que o partido tem nos dias atuais (aguardo a réplica