Aconteceu dia
26 de novembro de 2016, na sede do Centro Espirita de Umbanda Pai Baiano em
Fraiburgo a tradicional festa do Exu e da Pomba-gira.
O Médium Baiano acendendo velas no inicio do ritual festivo |
Quem é o EXU:
Médiuns incorporados com os Exu's |
É uma das
principais divindades do ioruba e do jejê. A fusão dessas duas religiões serviu
de base para outras crenças nas Américas quando os africanos escravizados
trouxeram sua cultura e sua fé, que se misturaram às de indígenas e europeus.
Assim, surgiram religiões como o candomblé, no Brasil, a Santeria em Cuba, e o
vodu no Haiti. No candomblé, Exu é um dos maiores orixás (um tipo de divindade).
É uma espécie de mensageiro, que faz a ponte entre o humano e o divino e muitas
vezes é descrito como sendo travesso, fiel e justo. O Exu também está presente
na umbanda, religião brasileira que tomou forma no século 20 e combina iorubá e
jejê com espiritismo, entre outras crenças. A umbanda não tem uma autoridade
central nem um livro sagrado como as grandes religiões monoteístas, mas, apesar
de cada terreiro interpretar aspectos de Exu à sua maneira, existem alguns
fundamentos básicos e universais: para sacerdotes e fiéis iniciados, Exu sempre
está ligado à vitalidade, à força, à proteção e à aplicação da lei em seus domínios
espirituais.
Quem são as
pomba-gira
Durante o ritual a manifestação dançante das pomba-giras |
É uma entidade
do candomblé e da umbanda, representada por uma mulher sensual, independente e
dominadora, incorporada por um ou uma médium. Ela faz trabalhos espirituais que
vão desde conselhos sobre problemas cotidianos até promessas de recuperar um
amor. A pomba-gira surgiu no início do século 20, simbolizando uma mulher
liberada da submissão e do recato impostos ao sexo feminino por uma sociedade
machista e patriarcal. Para o médiuns Umbandistas mais tradicionais, a entidade
é especialista em amor e relacionamentos por ser o orixá do Trono do Desejo e
estímulo. Outros sacerdotes mais contemporâneos, a veem como mensageira dos
orixás (personificações divinas das forças da natureza), tendo sido, em outras
vidas, uma mulher sofrida que retorna para evoluir ajudando os outros. Quando é
incorporada, assume personalidades e nomes como Maria Padilha, Sete
Encruzilhadas, Rosa Caveira etc.