Foto montagem Diário Catarinense |
Além de mandar
investigar 98 políticos em 74 inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), o
ministro Edson Fachin também deu andamento aos casos de outros nomes citados
nas delações de executivos da Odebrecht e que devem ser analisados por outras
instâncias da Justiça. Entre eles, estão o governador Raimundo Colombo (PSD), a
ex-senadora Ideli Salvatti (PT) e outros quatro políticos de Santa Catarina. Eles foram citados pelos delatores da
Odebrecht, mas a Procuradoria-Geral da República não fez juízo de valor sobre
as denúncias porque são casos que não têm foro no STF. Uma petição que cita o
governador Colombo foi remetida ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde são
analisadas as ações que envolvem governadores. Outro caso que envolve foro diferenciado é
o do deputado estadual Jean Kuhlmann (PSD). Segundo o Diário Catarinense que teve acesso à
petição de Fachin sobre o parlamentar, em que consta a acusação, por parte dos
delatores da empreiteira, de que ele teria recebido R$ 65,6 mil em 2004, quando
era vereador em Blumenau, pela facilitação de recebimento de faturas de
serviços prestados e não pagos. Kuhlmann também teria recebido R$ 50 mil por
meio de caixa 2 quando foi candidato a prefeito de Blumenau em 2012. Por ser
deputado estadual, o pessedista teve o caso remetido ao Tribunal Regional
Federal da 4ª Região, com sede em Porto Alegre.
Os outros políticos catarinenses
citados não têm prerrogativa de foro e terão os casos analisados em primeira
instância, na Justiça Federal em Santa Catarina. Uma das petições reúne Ideli
Salvatti e o ex-prefeito de Joinville Carlito Merss (PT). Completam a lista os
ex-prefeitos Jaison Cardoso de Souza (PSDB), de Imbituba, e Roberto Carlos de
Souza (PSDB), de Navegantes. Carlito, Jaison e Roberto Carlos eram citados nas
planilhas de supostas doações da Odebrecht para mais de 200 políticos que vazou
em março de 2016, assim como Colombo. Na época, também constavam nas planilhas
os nomes do então prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Junior (PSD), e do
atual prefeito de Lages, Antonio Ceron (PSD). Ambos não aparecem nas 201
petições divulgadas ontem pelo Supremo.
Matéria Publicada em: 11/04/2017 pelo DC